
Oliveira de Azeméis, 2 de Abril de 2012
Por Redacção
“As crianças foram feitas para serem felizes”
O ex-director do Instituto de Medicina Legal do Porto, José Pinto da Costa, foi a figura central da conferência “maus tratos na infância”, que decorreu no passado domingo em Carregosa, concelho de Oliveira de Azeméis.
O professor catedrático afirmou, diante de uma plateia repleta de pais e educadores, que “é fundamental retificar determinadas mentalidades da sociedade no que diz respeito à educação dos filhos”.
“Com a educação, a cultura e a ética esperava-se uma diminuição da violência em menores, mas tal não aconteceu”, salientou.
Segundo o médico legista, “as crianças foram feitas para serem felizes e, para isso, entram as escolas no seu papel instrutor e os pais na função de educadores”.
“É importante intervir no sentido de promover os direitos e a proteção da criança e do jovem em perigo e para isso há que denunciar os casos de abuso”, acrescentou.
A problemática dos maus tratos na infância “é uma realidade em Oliveira de Azeméis e por isso há que apostar na prevenção”, disse a vereadora do pelouro da Ação Social.
De acordo com Gracinda Leal, “a prevenção deve ser uma prioridade na intervenção das instituições porque a qualidade do nosso futuro depende do bem-estar das nossas crianças”.
“É preciso que cada um desenvolva um trabalho exaustivo em prol das crianças porque elas são o melhor do mundo”, sublinhou.
No mês dedicado à prevenção dos maus tratos na infância, através da campanha nacional “A melhor forma de tratar o problema é impedir que aconteça”, a autarquia, em parceria com outras entidades, está a desenvolver um conjunto de atividades junto da comunidade.
Até ao final do mês, os alunos das escolas do 3º ciclo e secundárias vão poder assistir a sessões de cinema, seguidas de debate. As conclusões retiradas serão afixadas num mural da escola.
Com estas iniciativas pretende-se “consciencializar a comunidade para a importância da prevenção dos maus-tratos na infância, do fortalecimento das famílias no sentido de uma parentalidade positiva e ainda do fundamental envolvimento comunitário”.