
Região, 18 de Outubro de 2011
Por Redacção/EDVI
Unidade de tratamento de resíduos de construção e demolição pioneira na Região Norte
A futura unidade de recepção e tratamento de resíduos de construção e demolição (RCD), um projecto intermunicipal que deverá abrir portas no início de 2012 em Ossela, no concelho de Oliveira de Azeméis, é a primeira do género na Região Norte com uma abrangência de serviços, desde a recolha à monitorização da produção.
O equipamento – orçado em cerca de seis milhões de euros, verba suportada pelo promotor (consórcio Retria Vouga) – está projectado para tratar 100 mil toneladas/ano de RCD.
As actividades de recolha, triagem e processamento dos resíduos irão gerar um produto final – designado por agregado reciclado – que entrará de novo no ciclo da construção civil.
A unidade estende-se por uma área de 30 mil metros quadrados, localizada no antigo aterro sanitário da serra do Pereiro, propriedade da Associação de Municípios das Terras de Santa Maria (AMTSM).
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte destaca a importância da instalação desta unidade na região, face à lacuna existente em Portugal relativamente aos fluxos RCD, minimizando os impactos da actividade das obras de construção civil.
“A concepção de um Sistema de Gestão Integrado de Resíduos de Construção e Demolição – SGIRCD – constituirá uma mais-valia para a área geográfica onde será implementado, nomeadamente os concelhos integrantes da Associação de Municípios das Terras de Santa Maria”, refere fonte do consórcio, constituído por empresas com experiência e “know how” em projectos similares.
A construção da infra-estrutura recorrerá a materiais reciclados, evidenciando-se aqui as preocupações ambientais por parte do “Retria”.
Ao nível dos pisos das unidades de triagem e área de recepção, será utilizado “MDF” proveniente de madeiras recicladas.
Para redução de eventuais impactos na qualidade do ar, o equipamento estará provido de uma rede de água por aspersão que permite controlar a dispersão de poeiras. A água para rega e controlo de poeiras virá de um depósito de grandes dimensões (enterrado), a colocar na zona poente da unidade e que captará as águas pluviais.
O projecto prevê uma barreira arbórea que controlará a dispersão de poeiras, funcionando também como barreira acústica.
A iluminação exterior da unidade será alimentada por um painel fotovoltaico que permitirá uma redução dos consumos de energia.
Ao nível dos transportes de resíduos,
A frota que garantirá o transporte de resíduos está equipada com filtros de partículas para o consumo de biodiesel, o que já acontece noutras explorações do consórcio.
A assinatura do contrato entre a AMTSM e o consórcio Retria Vouga (composto pelas empresas Casais, Semural, Retria e Factor Ultimate) – responsável pela criação e exploração da unidade por um período de 50 anos – decorre esta quarta-feira, numa cerimónia presidida pelo secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, Pedro Afonso de Paulo.